O grupo Hamas rejeitou as condições impostas por Israel para encerrar a guerra na Faixa de Gaza, classificando-as como "incapacitantes". Entre as exigências israelenses estão a saída dos líderes do grupo do território, a entrega total das armas e a exclusão do Hamas de qualquer futura istração do enclave, segundo fontes palestinas próximas às negociações.
As fontes afirmam que as propostas de Israel têm o objetivo de "sabotar o processo de negociação", num momento em que as tratativas por um cessar-fogo ganham força e aumentam a pressão sobre o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu.
Ainda segundo os interlocutores, a existência de um canal direto de diálogo entre o Hamas e representantes dos Estados Unidos em Doha tem causado incômodo a Netanyahu, que estaria reagindo com o aumento das ofensivas militares em Gaza.
O Hamas rejeitou categoricamente as condições impostas por Israel nas mais recentes negociações, mediadas por Estados Unidos, Egito e Catar, e comunicou aos mediadores que não pretende aceitá-las.
A retirada da delegação israelense das negociações em Doha, ocorrida dias atrás, teria sido, segundo as fontes, um gesto político de Netanyahu para tentar transferir ao Hamas a responsabilidade pelo ime nas conversas.
Na avaliação dos envolvidos, a postura israelense busca reverter a crescente pressão internacional — especialmente de EUA e União Europeia — pelo fim da guerra, além de conter críticas internas dentro da própria sociedade israelense.
As conversas de cessar-fogo continuam no Catar, lideradas pelo palestino-americano Bishara Bahbah, que tem atuado em nome do governo dos EUA. Bahbah, conhecido por ter comandado o grupo “Árabes-Americanos por Trump” na eleição de 2024, já havia feito contatos prévios com o Hamas, que resultaram na libertação do refém americano-israelense Edan Alexander semanas atrás.
Ver todos os comentários | 0 |