Carolina Matta
Em seu primeiro discurso após a escalada da tensão entre Israel e Irã, o Papa Leão XIV demonstrou preocupação sobre conflito. Durante audiência jubilar realizada neste sábado (14), na Basílica de São Pedro, o pontífice fez um apelo pelo fim das ameaças nucleares. Os ataques entre os dois países iniciaram na madrugada dessa sexta-feira (13), pelo horário local.
“Deteriorou-se gravemente a situação no Irã e em Israel. Em um momento tão delicado, desejo renovar com força um apelo à responsabilidade e à razão. O compromisso de construir um mundo mais seguro e livre de ameaças nucleares deve ser perseguido por meio de um encontro respeitoso e um diálogo sincero para edificar uma paz duradoura baseada na justiça, na fraternidade e no bem comum”, declarou o Papa Leão XIV.
No seu discurso, o pontífice pediu que os outros países do mundo colaborem pela busca da paz. “Ninguém jamais deveria ameaçar a existência do outro. É dever de todos os países apoiar a causa da paz, promovendo caminhos de reconciliação e favorecendo soluções que garantem segurança e dignidade para todos”, disse o líder da Igreja Católica.
Um novo ataque israelense contra o Irã deixou 60 pessoas mortas, e desse total, 20 são crianças e oito são oficiais de alta patente, segundo informado pela imprensa estatal iraniana. As vítimas teriam sido atingidas por uma ofensiva perpetrada contra um conjunto residencial na cidade de Teerã.
Conforme acusado pela teocracia do aiatolá Ali Khamenei, Israel deu início a uma guerra ao atacar o país na sexta-feira, o que deixou 78 pessoas mortas. A operação teve como alvo a infraestrutura nuclear e autoridades do Irã, o que, segundo as Forças de Defesa de Israel, tem o intuito de evitar o desenvolvimento de uma arma nuclear.
No contra-ataque feito pelo Irã, a mídia israelense divulgou que três pessoas morreram e 19 ficaram feridas por mísseis.
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