A prática de musculação não é apenas essencial para a força física, mas também tem se mostrado uma poderosa ferramenta para a saúde do cérebro, superando até mesmo algumas formas de terapia em diversos aspectos. Estudos recentes indicam que o treinamento de força pode ser mais eficaz na melhora da função cognitiva, na prevenção de doenças neurodegenerativas e no combate à depressão e ansiedade.
Pesquisadores têm observado que a musculação promove um aumento significativo nos níveis de fatores neurotróficos, como o BDNF (fator neurotrófico derivado do cérebro), essencial para o crescimento e a manutenção dos neurônios. Além disso, a contração muscular intensa estimula a liberação de mioquinas, substâncias anti-inflamatórias que beneficiam diretamente o cérebro. Esses efeitos vão além do que muitas terapias tradicionais conseguem alcançar.

Estudos demonstram que idosos que praticam musculação regularmente apresentam menor risco de desenvolver demência, maior volume cerebral e melhor desempenho em testes de memória. Em comparação, tratamentos terapêuticos convencionais, como terapias cognitivas e psicológicas, embora eficazes, não conseguem promover essas mudanças estruturais e químicas no cérebro com a mesma intensidade.
Além disso, a musculação melhora a circulação sanguínea e o controle glicêmico, fatores essenciais para prevenir declínios cognitivos. Pacientes com depressão, por exemplo, muitas vezes apresentam resistência ao tratamento convencional com medicamentos e terapia. No entanto, quando integram o treino de força à rotina, os resultados positivos são potencializados.
Isso não significa que terapias convencionais não sejam importantes, mas sim que a musculação deve ser considerada uma estratégia complementar ou até mesmo primária para a saúde cerebral. O movimento do corpo fortalece não só os músculos, mas também a mente, oferecendo benefícios que vão além do bem-estar físico.
*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1
Ver todos os comentários | 0 |