Rauena Pinheiro
O deputado Gilvan da Federal (PL-ES) deve entrar na mira da Polícia Federal (PF) após um discurso realizado durante o exercício de seu mandato. A Advocacia-Geral da União (AGU) pediu que a corporação investigue o parlamentar por falas direcionadas ao presidente Lula (PT).
A AGU divulgou uma nota informando que acionou a Polícia Federal e a Procuradoria-Geral da República (PGR). Além disso, solicitou que as instituições “adotem as providências cabíveis, incluindo possível investigação criminal, em razão das declarações feitas” por Gilvan da Federal na Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados.
“Por mim, eu quero mais é que o Lula morra”, disse o parlamentar. “Eu quero que ele vá para o quinto dos infernos [sic]. É um direito meu. Não vou dizer que vou matar o cara, mas eu quero que ele morra. Quero que ele vá para o quinto dos infernos, porque nem o diabo quer o Lula. É por isso que ele está vivendo aí. Superou o câncer… tomara que tenha um ataque cardíaco [sic]. Porque nem o diabo quer essa desgraça desse presidente que está afundando nosso país”, conforme trecho da nota.
As declarações foram feitas por Gilvan da Federal na tarde de terça-feira (08), durante a discussão do Projeto de Lei 4012/23, que proíbe o uso de armas de fogo pelos agentes de segurança pessoal do presidente Lula e dos ministros de Estado.
“Eu quero mais é que ele [Lula] morra mesmo. Que andem desarmados. Não quer desarmar cidadão de bem? Que ele ande com seus seguranças desarmados”, disse o parlamentar.
Na justificativa do pedido de investigação contra o deputado, a AGU afirmou que as declarações podem “configurar, em tese, os crimes de incitação ao crime e ameaça, merecendo apuração rigorosa pelos órgãos competentes”.
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