Nana Caymmi, uma das principais vozes da música brasileira, morreu nesta quinta-feira (1º), aos 84 anos, no Rio de Janeiro. A cantora estava internada desde agosto de 2023 na Casa de Saúde São José, em Botafogo, onde deu entrada para tratar uma arritmia cardíaca. A informação foi confirmada por Danilo Caymmi, seu irmão, que relatou que ela ou por um longo período de sofrimento antes do falecimento.
Nascida Dinahir Tostes Caymmi, em 29 de abril de 1941, no Rio de Janeiro, Nana era filha do compositor Dorival Caymmi e de Stella Maris. Cresceu em um ambiente musical ao lado dos irmãos Dori e Danilo. Sua primeira aparição na música aconteceu ainda na infância, quando cantou com o pai a canção “Acalanto”, composta por ele quando ela era bebê.

A trajetória artística de Nana ganhou força nos anos 1960, com interpretações marcantes de músicas de autores como Tom Jobim, Vinicius de Moraes, Milton Nascimento e Roberto Carlos. Em 1964, participou do disco “Caymmi visita Tom e leva seus filhos Nana, Dori e Danilo”, que teve repercussão internacional. Dois anos depois, no Festival Internacional da Canção, venceu com “Saveiros”, mesmo sendo vaiada pelo público na apresentação.
Ao longo da carreira, lançou dezenas de álbuns, entre eles “Nana Caymmi” (1975), “Renascer” (1976), “Voz e Suor” (1983), este em parceria com Cesar Camargo Mariano, além de “Bolero” (1993) e “A noite do meu bem – As canções de Dolores Duran” (1994), com produção de José Milton. Nana também reinterpretou composições do pai, como “O Que É Que a Baiana Tem” e “Saudade da Bahia”.
A artista viveu por um período na Venezuela, onde se casou jovem e teve duas filhas, Estela e Denise. Após o fim do relacionamento, voltou ao Brasil grávida de João Gilberto. Mesmo após anunciar pausas na carreira, retornou aos palcos para homenagens, como a do centenário de Dorival Caymmi, junto dos irmãos. Sua voz também integrou trilhas de novelas e minisséries.
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