O ex-auditor do Tribunal de Contas da União (TCU), Manoel Henrique Cardoso Pereira Lima, foi demitido do cargo após ser acusado de fraudar a prova de vida da própria mãe, já falecida, para continuar recebendo a pensão dela por mais de uma década. A fraude gerou um prejuízo de R$ 3,9 milhões aos cofres públicos entre 2011 e 2022. As informações são da coluna Grande Angular, do portal Metrópoles.
Segundo a investigação conduzida pela Polícia Legislativa Federal da Câmara dos Deputados, Lima ocultou a morte da mãe por 11 anos e se apropriou indevidamente do benefício que lhe era destinado. Para manter a farsa, ele chegou a levar uma mulher a um cartório em São Luís (MA), fazendo-a ar pela mãe e, assim, renovar a prova de vida exigida para a continuidade do pagamento.

A pensão, com valor mensal bruto de R$ 32,9 mil, foi paga até 2022, quando a fraude foi descoberta. A corporação localizou o túmulo da verdadeira beneficiária, confirmando o óbito.
Após ser autuado por estelionato majorado, Lima foi denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF), e a denúncia foi aceita pela 15ª Vara Federal Criminal do Distrito Federal em outubro de 2024. Desde então, ele responde como réu na Justiça.
Além da esfera criminal, o MPF também ajuizou ação civil pedindo que o ex-auditor indenize a União em R$ 2 milhões — valor a ser atualizado e acrescido de juros.
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