Fechar
GP1

Brasil

Moraes será relator do pedido de Hugo Motta para suspender ação contra Alexandre Ramagem

No documento, Hugo Motta pede que o Supremo siga integralmente a decisão da Câmara dos Deputados.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, foi designado relator da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental apresentada pelo presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB). A ação solicita a suspensão completa do processo penal contra o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ).

O caso foi encaminhado a Moraes por prevenção, critério utilizado quando há conexão com outros processos em tramitação na Corte. O ministro já relata, por exemplo, a investigação sobre a suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022, na qual Ramagem é um dos réus.

Foto: Andressa Anholete/STFAlexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal
Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal

A Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental, instrumento jurídico destinado a contestar possíveis violações à Constituição, será julgada separadamente da ação penal relacionada ao suposto golpe. Caso não seja arquivada, o mérito do pedido será analisado pelo Plenário do STF.

No documento, Motta pede que o Supremo siga integralmente a decisão da Câmara dos Deputados, que em maio aprovou a suspensão do andamento do processo contra Ramagem. O parlamentar é acusado de cinco crimes no inquérito sobre a tentativa de golpe. Após a deliberação do Legislativo, o STF optou por suspender a ação apenas em relação a dois desses crimes, entendendo que somente eles ocorreram após Ramagem ser diplomado como deputado federal — condição necessária para o exercício da imunidade parlamentar formal.

Foto: Divulgação/Câmara dos DeputadosAlexandre Ramagem
Alexandre Ramagem

Hugo Motta sustenta que a decisão parcial do STF “representa violação direta e frontal aos preceitos fundamentais da separação de Poderes e da imunidade parlamentar formal”. Para o presidente da Câmara, a limitação imposta pelo Supremo compromete a prerrogativa constitucional do Parlamento de intervir diante de eventuais abusos na persecução penal contra seus membros.

O Supremo ainda não tem data definida para a análise do pedido.

Ver todos os comentários   | 0 |

Facebook
 
© 2007-2025 GP1 - Todos os direitos reservados.
É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do GP1.