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Brasil confirma 1º foco de gripe aviária em granja comercial no RS

Segundo o governo, esta é a primeira vez que a gripe aviária atinge a avicultura comercial nacional.

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) confirmou nesta sexta-feira (16) o primeiro caso de influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) em uma granja de aves comerciais no Brasil. A detecção ocorreu no município de Montenegro, no Rio Grande do Sul, e pode gerar impactos econômicos, como embargos comerciais. O Brasil já havia registrado surtos da doença entre aves silvestres em 2023, mas esta é a primeira vez que a gripe aviária atinge a avicultura comercial nacional.

Após a confirmação, o Mapa informou que foram acionadas as medidas previstas no Plano Nacional de Contingência para conter e erradicar o foco da doença. A pasta também comunicou oficialmente o caso à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), aos parceiros comerciais e a outros países. O governo afirmou que o objetivo das ações é preservar a capacidade produtiva do setor, assegurar o abastecimento interno e proteger a segurança alimentar da população.

Foto: Lucas Dias/GP1Criação de galinhas no assentamento
Criação de galinhas

O Brasil é o maior exportador mundial de carne de frango e monitora com atenção a disseminação da gripe aviária desde os primeiros surtos em aves silvestres, registrados em maio de 2023. A doença já foi identificada na natureza em pelo menos sete estados. Em um dos episódios, o Japão chegou a suspender a compra de aves do Espírito Santo, onde um surto havia sido registrado em uma criação não comercial.

De acordo com o ministério, a gripe aviária não representa risco ao consumo de carne de frango ou de ovos, pois não é transmitida por esses alimentos. O risco de infecção humana, segundo o órgão, é considerado baixo e se concentra em profissionais que têm contato direto com aves doentes. O governo reforçou que os produtos de origem animal inspecionados continuam seguros para o consumo.

A região de Montenegro também registrou um episódio relacionado, pois na terça-feira (13), 38 aves aquáticas, como cisnes e patos, foram encontradas mortas no parque zoológico de Sapucaia do Sul, a cerca de 50 km de distância. O local foi fechado de forma preventiva, e amostras dos animais e da água dos lagos estão sendo analisadas. A Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura do RS informou que equipes de veterinários seguem monitorando os demais animais. A previsão é de que o parque reabra neste sábado (17).

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