Fechar
GP1

Brasil

Estatais federais ampliam verba de patrocínios em 250% sob Governo Lula

Expansão das verbas foi registrada em todas as estatais analisadas, superando os números de 2022.

As seis maiores estatais controladas pelo Governo Federal ampliaram suas verbas de patrocínio no terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), alcançando quase R$ 1 bilhão em contratos no ano de 2024. O valor total destinado por Petrobras, Caixa, Banco do Brasil, Banco do Nordeste, Correios e BNDES saltou de R$ 351,5 milhões em 2023 para R$ 977,6 milhões neste ano, representando um aumento superior a 250% em relação ao ano anterior.

A expansão das verbas foi registrada em todas as estatais analisadas, superando também os números de 2022, último ano do governo de Jair Bolsonaro (PL), quando os contratos somaram R$ 275,8 milhões, já corrigidos pela inflação. O crescimento foi impulsionado, entre outros fatores, pela proximidade das Olimpíadas de Paris, mas não se limitou aos patrocínios esportivos. As estatais também investiram mais em áreas como cultura e eventos regionais, conforme dados obtidos nas páginas de transparência das empresas.

Foto: Jose Cruz/Agência BrasilPresidente Luiz Inácio Lula da Silva
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva

O maior aumento proporcional ocorreu nos Correios, cujos contratos aram de R$ 3,5 milhões em 2023 para R$ 33,8 milhões em 2024, enquanto, em 2022, o valor não chegava a R$ 300 mil. Em termos absolutos, o destaque foi a Petrobras, que elevou o montante de R$ 50,5 milhões no ano ado para R$ 335 milhões neste ano. Esses valores referem-se exclusivamente aos contratos de patrocínio firmados anualmente, embora os pagamentos possam se estender pelos anos seguintes.

Além dos investimentos esportivos, a Caixa Econômica Federal ampliou o apoio a festas populares, como o São João. O número de contratos relacionados a esses eventos subiu de cinco, em 2023, para 21, em 2024, com a verba destinada ando de R$ 1,4 milhão para R$ 7,1 milhões. A Caixa também firmou compromissos de R$ 332,2 milhões em 2024 — valor bem superior aos R$ 110,8 milhões de 2021, ano das Olimpíadas de Tóquio. A direção do banco, atualmente sob o comando de Carlos Vieira, foi indicada por líderes do Centrão.

As estatais justificam que as decisões sobre patrocínios são técnicas e seguem estratégias de mercado respaldadas pela legislação. A Petrobras afirmou que o aumento dos contratos está relacionado à mudança na política de investimentos da empresa, que deixou de lado o desinvestimento em vigor até 2022. A Caixa destacou que seus contratos obedecem a planejamento estratégico e aos limites legais. O Banco do Nordeste informou que seus patrocínios visam atrair investimentos, inclusive fora da sua área de atuação, enquanto o BNDES declarou que retoma seu papel no desenvolvimento econômico e social, com apoio em critérios técnicos.

Mais conteúdo sobre:

Ver todos os comentários   | 0 |

Facebook
 
© 2007-2025 GP1 - Todos os direitos reservados.
É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do GP1.