O filho de André Fidelis, ex-diretor de Benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Eric Douglas Martins Fidelis teria movimentado entre 2023 e 2024, R$ 10,4 milhões em operações financeiras irregulares.
Conforme o inquérito sobre desvios bilionários no INSS, apurado pela Polícia Federal (PF), o período investigado de descontos indevidos coincide com o volume atípico.

Já o ex-diretor foi demitido em julho de 2024, após denúncias de ter facilitado a de 14 Acordos de Cooperação Técnica entre os anos de 2023 e 2024, o que permitiu descontos em folha de pagamento de aposentados.
A Operação Sem Desconto, deflagrada pela PF em conjunto com a Controladoria-Geral da União (CGU), investigou o esquema que envolvia atuação irregular no INSS de entidades suspeitas.
Eric Fidelis, que já havia sido alvo de busca e apreensão em abril, apresentou sinais de lavagem de dinheiro e outros ilícitos no seu relatório financeiro, segundo a PF. O escritório de advocacia dele é especializado em Direito Previdenciário e teve relações com entidades associativas, além de atuar em processos contra o INSS.
Apesar de ter realizado transações milionárias, o advogado declarou renda de R$ 13,3 mil durante o período investigado. De acordo com a PF, Eric recebeu R$ 5,1 milhões de intermediários ligados ao instituto; R$ 3,7 milhões desse total aram pelo escritório de advocacia.
“Esse comportamento, somado às ligações com associações de aposentados envolvidas em fraudes e com movimentações suspeitas de grandes quantias, reforça as suspeitas de irregularidades financeiras e desvios de dinheiro”, afirmou a Polícia Federal sobre o fluxo irregular de recursos de Eric Fidelis.
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