O Brasil importou US$ 5,4 bilhões em diesel russo em 2024, atingindo um recorde histórico na balança comercial do país. O aumento das aquisições ocorre desde 2022, quando sanções internacionais contra Moscou redirecionaram as exportações de combustível para outros mercados.
A importação, no entanto, pode ser alvo de pressão dos Estados Unidos. O presidente Donald Trump ameaçou retaliar países que continuem comprando petróleo russo, incluindo possíveis sanções comerciais. Ainda não está claro se as restrições englobariam derivados, como o diesel.
No Itamaraty, a declaração é vista com ceticismo, dado que outros fornecedores poderiam não suprir a demanda global. Caso a pressão aumente, a alternativa discutida seria adotar ações para evitar impactos nas relações comerciais com os EUA e com a Rússia.
O volume importado cresceu 19% em relação a 2023, impulsionado pelos preços mais baixos praticados pela Rússia em meio às restrições globais. A diferença de custo entre o diesel russo e o oferecido pela Petrobras tem levado empresas brasileiras a preferirem o produto importado.
Dados da balança comercial indicam que o combustível tem chegado aos portos brasileiros a uma média de R$ 3,28 por litro no modelo FOB (livre de frete). O preço, somado à variação no custo do transporte, influencia diretamente o mercado doméstico de combustíveis.
Ver todos os comentários | 0 |