Davi Fernandes
O Santander Brasil registrou um lucro líquido gerencial de R$ 3,861 bilhões no primeiro trimestre de 2025, conforme informado nesta quarta-feira (30). O resultado representa um crescimento de 27,8% em relação ao mesmo período de 2024 e ficou 0,2% acima do último trimestre do ano ado. O valor também superou levemente a expectativa de R$ 3,8 bilhões projetada por analistas consultados pela Bloomberg. O desempenho foi impulsionado principalmente pelo aumento da margem financeira da instituição.
A margem financeira totalizou R$ 15,9 bilhões no período, o que representa um avanço de 7,7% em comparação com o primeiro trimestre de 2024. No entanto, houve uma leve retração de 0,4% em relação aos últimos três meses do ano ado, reflexo de menos dias úteis e menor movimentação nos mercados, segundo o banco. Apesar disso, o retorno sobre o patrimônio médio (ROAE) alcançou 17,4%, com alta de 3,3% na comparação anual, embora tenha apresentado queda de 0,2% em relação ao trimestre anterior.
A carteira de crédito ampliada do banco chegou a R$ 682,3 bilhões, o que representa um crescimento de 4,3% em relação ao primeiro trimestre de 2024. Em comparação com o último trimestre do ano ado, houve uma leve queda de 0,1%. Já o índice de inadimplência, que considera contas com atrasos superiores a 90 dias, aumentou 0,1 ponto percentual tanto na comparação anual quanto na trimestral, atingindo 3,3%.
A provisão para perdas com inadimplência somou R$ 7 bilhões no trimestre, o que representa uma alta de 3,6% em relação ao mesmo período do ano anterior e de 4,9% na comparação com o trimestre anterior. Em termos líquidos, considerando a recuperação de ativos, a provisão foi de R$ 6,39 bilhões, com avanço de 7,7% no trimestre e 5,7% no ano. Segundo o CEO do Santander Brasil, Mario Leão, o banco segue priorizando negócios estratégicos com foco em linhas de crédito de maior rentabilidade e boa qualidade de ativos.
Com presença no mercado brasileiro desde 1982, o Santander Brasil conta atualmente com 70,7 milhões de clientes, 55.303 funcionários e 1.126 agências espalhadas pelo país. Seus principais concorrentes no setor são Itaú Unibanco, Bradesco, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Nubank.
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