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Economia e Negócios

Dólar e Ibovespa fecham em queda após ameaças de Trump sobre o aço

O presidente norte-americano disse que a tarifa dobraria de 25% para 50% nessa sexta-feira (30).

O dólar e Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira (B3), fecharam em queda nesta segunda-feira (02). Com isso, a moeda americana encerrou o dia com uma baixa de 0,75% comparada ao real, atingindo a cotação de R$ 5,67. Já o B3 teve recuo de 0,18%, aos 136.786 pontos.

A queda do dólar também foi sentida no mercado global, e às 16h45 caiu 0,65%, aos 98,67 pontos a uma cesta de seis divisas de países desenvolvidos. Em relação ao peso mexicano, também houve recuo de 1% sobre o peso mexicano e 0,545 em relação ao colombiano.

Foto: Valter Campanato/Agência BrasilDólar (moeda)
Dólar (moeda)

Esse cenário é decorrente de algumas ações recentes, como as ameaças de novos aumentos de tarifa sobre o aço importado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Ele disse que dobraria de 25% para 50% nessa sexta-feira (30), e que vai entrar em vigor na quarta-feira (04).

A medida também prevê que o imposto sobre em relação ao alumínio, o que, segundo o republicano, é decorrente da violação da China sobre o acordo do tarifaço. Pequim reagiu à manifestação de Trump como “infundada”.

Impacto sobre o mercado brasileiro

Segundo o analista e co-fundador da Dom Investimentos, Alison Correia, esse anúncio da nova sobretaxa do aço pode afetar o mercado brasileiro, que recebeu a notícia com bastante instabilidade no cenário interno. Um dos motivos dessas oscilações seria a crise do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que ainda não foi resolvida.

“A gente tem receios domésticos, como, por exemplo, no caso do IOF, que está no radar, mas não se sabe o que vai acontecer, de que forma vai ser desenrolado e o quanto isso vai ser desidratado”, declarou o especialista.

Nota de crédito do Brasil

A agência de classificação de risco Moody’s classificou como “estável” a perspectiva da nota de crédito do Brasil, o que também pode ter pegado negativamente no mercado pelo fato do país ter perdido a classificação de “positiva”.

Isso aconteceu pela dificuldade do governo em cortar gastos, e assim alterar o rumo da dívida pública. “O real valorizou-se no pregão, acompanhando mais um dia de enfraquecimento global do dólar, em meio ao aumento das tensões comerciais entre Estados Unidos e China”, afirmou o especialista em investimento da Nomad, Bruno Shanini.

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