O anúncio feito pelo presidente Donald Trump no último dia 20, sobre a seleção de um projeto para o desenvolvimento de um sistema antimísseis chamado “Domo Dourado” (Golden Dome, em inglês), tem gerado preocupação em países considerados ameaças por Washington.
Entre eles está a Coreia do Norte, governada pelo regime de Kim Jong-un. Nessa terça-feira (27), o Ministério das Relações Exteriores de Pyongyang, ao lado da China e da Rússia, condenou o projeto de defesa, classificando-o como uma “iniciativa muito perigosa e ameaçadora”.
Segundo a agência estatal norte-coreana KCNA, o regime de Kim descreveu o Domo Dourado como “um produto típico da política ‘América em primeiro lugar’, o ápice da arrogância e da prática arbitrária”, alertando que a medida pode abrir caminho para uma futura guerra nuclear no espaço.
Nos dias seguintes ao anúncio de Trump, China e Rússia também alertaram que o projeto poderia desencadear uma nova corrida armamentista.
Por sua vez, a Casa Branca defende a iniciativa, afirmando que é hora dos Estados Unidos investirem em um sistema de proteção mais avançado. Conforme o presidente Trump, o Domo Dourado será capaz de interceptar mísseis “mesmo que sejam lançados de outras partes do mundo e do espaço”.
Com o e de uma rede composta por centenas de satélites ao redor do planeta, Washington pretende abater mísseis inimigos logo após a decolagem, especialmente de países que representam ameaças, como China, Irã, Coreia do Norte e Rússia.
Apesar das preocupações manifestadas por esses regimes autoritários, esses mesmos países continuam a estreitar parcerias para o desenvolvimento de mísseis avançados e outras armas, sinalizando um aumento das tensões com os Estados Unidos.
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