A delegada Nathália Figueiredo, do Núcleo de Feminicídio do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), fez um alerta às mulheres que vivem em situação de violência, sobretudo em Teresina. Em entrevista ao GP1 na manhã desta segunda-feira (7), ela ressaltou a importância de as vítimas acionarem as autoridades e pediu a essas mulheres que não subestimem o agressor.
Nathália Figueiredo repercutiu o mais recente caso de feminicídio ocorrido em Teresina, o de Gisele Maria Claudino, morta com cerca de 20 perfurações de canivete. O acusado do crime é ex-marido da vítima, Pedro Rocha Pereira e Farias.

“Ainda há a questão de enxergar a mulher como propriedade, não entender o fim de uma relação e partir para esse contexto do feminicídio”, avaliou a delegada.
Alerta
A coordenadora do Núcleo de Feminicídio enfatizou que as mulheres que se sentem ameaçadas devem solicitar proteção à Justiça. Segundo a delegada, muitas vítimas não acreditam que o agressor possa ser capaz de algo tão cruel, e, por isso, não buscam ajuda. “Terminou uma relação que vem em um contexto de abusividade? Encerre o ciclo. Se houver necessidade e assim você entender, peça medida protetiva, não subestime o agressor. A gente vê muitos casos de feminicídio e tentativa em que a vítima sinceramente acreditava que ele não seria capaz, mas a gente não sabe o que o ser humano é capaz de fazer. Então, se você se sente em risco, não deixe de pedir medida protetiva, em caso de deferimento pelo poder judiciário, a qualquer descumprimento, acione as forças de segurança”, concluiu a delegada Nathália Figueiredo.
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