DHPP prende casal acusado de espancar homem até a morte em Teresina

O Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) prendeu no início da tarde desta terça-feira (13) um casal acusado de espancar até a morte Francisco José de Oliveira, 29 anos, no último dia 27 de junho de 2024, em um grotão localizado na Vila Jerusalém, zona sul de Teresina. Contra eles havia mandados de prisão preventiva, o qual foi cumprido pela autoridade policial.

No dia do crime, populares relataram ao Batalhão de Rondas Ostensivas de Naturezas Especiais (BPRone) que ao arem no local, onde é comum pessoas despejarem lixo, acabaram se deparando com um corpo e resolveram acionar o COPOM. Uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi ao local e constatou que o homem já estava sem vida.

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Segundo informações do delegado Jorge Terceiro, que presidiu as investigações sobre o caso, o casal integra uma facção criminosa que domina o tráfico de drogas na Vila Jerusalém, e executaram a vítima após ela supostamente realizar furtos na região. Eles são proprietários da casa onde Francisco José foi brutalmente espancado. Após ser executado, ele teve o corpo jogado no grotão.

"O fato teria ocorrido em razão de ele ter possivelmente praticado furtos na região. Membros de um grupo criminoso, que domina inclusive o tráfico na região, pegaram esse rapaz, levaram ele para dentro de uma residência em que seria uma boca de fumo, de propriedade dos dois indivíduos que foram presos hoje, lá teriam espancado ele e após matar, jogaram ele na vala de uma grota lá na região onde o corpo foi encontrado", explicou o delegado.

Conforme as investigações, tanto o homem como a mulher são acusados de participarem diretamente da execução de Francisco José de Oliveira. Entretanto, o DHPP continua em diligências para identificar outros possíveis autores do crime. "Ela é a proprietária do imóvel e o indivíduo foi espancado com a autorização dela e do esposo que se encontravam no imóvel no momento dos fatos. Então o imóvel, além de ser um local de delito de prática de tráfego de drogas, também é um local onde a facção levava indivíduos para ‘disciplinar’. Aplicar punições a indivíduos da área que praticavam atos que o grupo criminoso não aceitava na região. A investigação continua. Nós não descartamos a possibilidade de existirem mais pessoas que participaram", frisou o delegado Jorge Terceiro.