A Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) da Polícia Civil do Piauí indiciou um grupo de sete pessoas acusadas de aplicar golpes em familiares de pacientes do Hospital São Marcos. O inquérito policial conduzido pelo delegado Kleydson Ferreira foi finalizado nessa sexta-feira (28).
Foram indiciados, pelos crimes de estelionato e associação criminosa, seis mulheres e um homem: Luanna Cristine da Costa Carvalho, Josinete dos Santos Damacena, Raissa Gomes de Morais, Débora Regina Ferreira de Oliveira, Emanoelly Aparecida da Silva Souza, Caélen Dias Apolinário e Wudson David Arruda da Cunha. Algumas das acusadas foram presas em operação recente da DRCI.

Segundo o relatório do inquérito, ao qual o GP1 obteve o, familiares de pacientes foram contatadas por golpistas que se avam por médicos do Hospital São Marcos no ano ado. Com informações confidenciais, eles pediam dinheiro às vítimas por meio de Pix, alegando que a quantia era necessária para realização de procedimentos médicos de urgência em seus familiares.
Primeiro golpe
O primeiro golpe ocorreu em 29 de abril do ano ado, quando um homem ligou para a sogra de um paciente internado no Hospital São Marcos, dizendo que o internado apresentava sangramento no fígado e corria risco de morte, com falência múltipla dos órgãos. O suposto médico afirmou que o paciente precisava fazer duas tomografias, no valor de R$ 3.700,00, e que estes novos procedimentos não eram liberados de forma imediata pelo plano de saúde, razão pela qual a família fez a transferência bancária.
Segundo golpe
O outro caso foi registrado na mesma data, quando o golpista falou com o filho de um paciente, informando que havia sido identificado um sangramento na região da aorta abdominal e que a situação poderia agravar o estado de saúde. Alegando a necessidade de uma medicação, não coberta pelo plano, ele pediu transferência bancária e o filho do paciente transferiu R$ 4.550,00.
Terceiro golpe
Já o terceiro golpe ocorreu em 18 de maio, quando o golpista disse para a filha de um paciente que ele estava com indicativo de sangramento no coração e que seria necessário realizar dois exames, pedindo a transferência de R$ 3.700,00, o que foi feito pela família.
Segurança de dados
Considerando que os criminosos usaram dados cujo o é somente a funcionários do hospital, a polícia solicitou informações sobre todos os usuários com permissão para ar o sistema de prescrição eletrônica.
“A Associação Piauiense Combate ao Câncer Alcenor Almeida enviou uma lista contendo informações sobre usuários com permissão para ar o sistema de prescrição eletrônica. Durante as investigações, não foi estabelecida a participação do hospital ou de seus funcionários em atividades criminosas; no entanto, caso surjam novos elementos comprobatórios, será dado início a um novo inquérito policial para apurar o envolvimento de funcionários do hospital”, diz o relatório do delegado Kleydson Ferreira.
Indiciamento
Diante do que foi apurado nas investigações, o delegado decidiu indiciar os sete acusados pelos crimes de estelionato e associação criminosa. “Não há dúvidas que os investigados tenham praticado os crimes em tela. A materialidade encontra-se positivada por meio da oitiva da vítima, termo de qualificação e interrogatório e dos relatórios de missões policiais”, concluiu a autoridade.
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