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Influenciadores e PMs são presos em operação contra lavagem de dinheiro na Bahia

Os criminosos divulgavam rifas com resultados manipulados para beneficiar integrantes da organização.

Vinte e três pessoas, entre elas seis policiais militares, foram presas nesta quarta-feira (09) suspeitas de integrar um esquema de lavagem de dinheiro envolvendo rifas ilegais nas redes sociais. De acordo com a Polícia Civil, o grupo criminoso, preso na operação "Falsas Promessas 2" na Região Metropolitana de Salvador, movimentou R$ 680 milhões.

Conforme a investigação, os criminosos utilizavam rifas de alto valor, divulgadas nas redes sociais, com resultados manipulados para beneficiar integrantes da organização. Os valores ilícitos eram disfarçados com a ajuda de empresas de fachada.

Foto: Reprodução/Redes SociaisAlexandre Tchaca
Alexandre Tchaca

Além disso, alguns influenciadores foram presos na operação, entre eles o influenciador digital Ramhon Dias, que tem 427 mil seguidores em uma das redes sociais. Ele foi preso na primeira fase da operação, em setembro de 2024, mas foi solto com o uso de tornozeleira eletrônica e Franklin Reis, que ficou famoso com conteúdos humorísticos. Com os personagens Neka e Abias, ele conquistou mais de 690 mil seguidores nas redes sociais.

Outro influenciado preso foi Josemário Lins, que tem mais de 650 mil seguidores. Nas redes sociais, ele divulgava rifas e fotos de viagens para os Estados Unidos e Dubai. Ele foi preso em Juazeiro.

Entre os presos, também estão o casal de “rifeiros” José Roberto Santos, mais conhecido como Nanam Premiações, e Gabriela Silva, apontados como líderes do esquema criminoso. Os dois foram presos em um condomínio na Estrada do Côco, em Salvador. Outros suspeitos com função de liderança foram encontrados em Vera Cruz, Juazeiro e na Região Metropolitana, além de um suspeito preso em São Paulo.

Foto: Reprodução/Redes sociaisJosemário Lins
Josemário Lins

Um dos seis policiais presos é Lázaro Andrade, mais conhecido como Alexandre Tchaca, que tem 169 mil seguidores nas redes sociais. Recentemente, ele havia publicado um vídeo afirmando que estavam tentando “armar contra ele”. Tchaca ainda afirmou que, desde novembro de 2024, havia recebido a informação sobre o mandado de busca e apreensão contra ele e outros policiais.

Foto: Reprodução/Redes sociaisFranklin Reis
Franklin Reis

Em nota, a Polícia Militar informou que nove policiais da corporação tiveram mandados de prisão decretados pela Justiça. Três deles são considerados foragidos. A PM informou que todos os policiais envolvidos já respondiam a procedimentos istrativos instaurados anteriormente, com base em apurações preliminares. Os seis encontrados foram encaminhados à Coordenadoria de Custódia Provisória (C), em Lauro de Freitas, onde permanecerão à disposição da Justiça.

Funcionamento do esquema

O grupo criminoso utilizava empresas de fachada e intermediários para disfarçar a origem dos valores obtidos de maneira ilícita. Conforme a investigação, policiais militares da ativa e ex-PMs faziam parte do esquema, oferecendo proteção, fornecendo informações privilegiadas e, em alguns casos, atuando diretamente como operadores das rifas fraudulentas.

Foto: Divulgação/PC-BAMateriais apreendidos durante a operação nesta quarta
Materiais apreendidos durante a operação nesta quarta

Os criminosos usavam redes sociais para divulgar rifas de centavos com prêmios de alto valor. No entanto, os sorteios eram manipulados, e os prêmios frequentemente eram entregues a integrantes da própria organização.

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