Vivemos uma verdadeira pandemia silenciosa: a de medicar órgãos do corpo em vez de tratar suas causas com mudanças de estilo de vida. A cada sintoma, uma receita. A cada queixa, uma nova pílula. Estômago? Remédio. Pressão alta? Remédio. Colesterol? Remédio. Ansiedade? Mais um comprimido. O problema é que o corpo humano não foi feito para funcionar à base de medicamentos — eles são recursos importantes, mas deveriam ser exceções, não a regra.
Estamos assistindo a uma geração inteira sendo convencida de que saúde se conquista na farmácia. Em vez de mudar a alimentação, tratamos o fígado. Em vez de nos movimentarmos, tratamos o coração. Em vez de buscarmos o equilíbrio emocional, sedamos a mente. Assim, criamos o ciclo perigoso da medicalização crônica: os sintomas melhoram temporariamente, mas a origem do problema permanece viva.

Essa pandemia da medicalização também é lucrativa. Indústrias inteiras se alimentam do nosso sedentarismo, da nossa má alimentação e do nosso estresse. E enquanto isso, a sociedade adoece cada vez mais cedo, tornando-se dependente de remédios para viver.
É urgente promovermos uma virada cultural: precisamos tratar o corpo como um sistema integrado e inteligente. Devemos valorizar o sono de qualidade, a prática regular de atividade física, a alimentação natural, o contato com a natureza, as boas relações humanas e o equilíbrio emocional. Esses são os “medicamentos” que mais curam e que, ao contrário dos sintéticos, não têm efeitos colaterais.
Saúde de verdade se constrói com escolhas diárias — e não com comprimidos diários. A hora de mudar esse paradigma é agora.
*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1
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