Francielle Barroso
Nesta segunda-feira (31), o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) acusou a gestão de Jair Bolsonaro (PL) de autorizar uma espionagem do Governo do Paraguai por meio da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) através do hackeamento de sistemas de informática. A informação foi divulgada pelo UOL, após depoimentos de dois servidores da instituição à Polícia Federal, bem como da confirmação de um agente a par da investigação.
O hackeamento dos sistemas do governo paraguaio foi realizado para se obter informações sigilosas referentes às negociações da tarifa de venda de energia da usina de Itaipu Binacional, segundo o UOL.
Em meados de maio de 2024, o Brasil concordou em aumentar o valor pago, embora abaixo do solicitado pelo país vizinho. Contudo, não há confirmação se as informações supostamente obtidas pela Abin influenciaram diretamente nas negociações.
Em nota divulgada pela Secretaria de Comunicação Social (Secom), da presidência da República, o governo esclarece que “a operação foi autorizada pelo governo anterior, em junho de 2022, e tornada sem efeito pelo diretor interino da Abin em 27 de março de 2023, tão logo a atual gestão tomou conhecimento do fato”.
O Ministério das Relações Exteriores também negou que a gestão do presidente Lula tenha feito uma ação hacker contra o governo do Paraguai. Segundo o Itamaraty, não existe qualquer medida de inteligência adotada contra o país vizinho.
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