Inflação acumula maior alta em dois anos e ultraa meta do governo

A inflação acumulada no Brasil atingiu 5,48% nos últimos 12 meses até março de 2025, de acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O índice supera a meta estipulada pelo governo federal, que era de 4,5%, e representa o maior patamar registrado desde fevereiro de 2023.

Apesar da alta acumulada, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede oficialmente a inflação do país, apresentou desaceleração no mês de março, com variação de 0,56%, após ter avançado 1,31% em fevereiro. O IPCA é o principal indicador usado para acompanhar a variação de preços e o impacto no poder de compra da população.

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Foto: Divulgação

Inflação

Esta é a terceira vez consecutiva em 2025 que a inflação ultraa o limite da meta estabelecida, o que acende o sinal de alerta para a política econômica do governo.

Críticas à condução fiscal

Em meio aos dados negativos, o ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, atribuiu o avanço da inflação ao que classificou como “falta de controle fiscal” por parte do governo.

Segundo ele, a instabilidade nas contas públicas tem pressionado os preços e exigido uma resposta mais dura da política monetária. “A elevação da taxa de juros é uma reação técnica do Banco Central diante do risco fiscal. Não é uma escolha ideológica, mas uma necessidade para conter os impactos no setor produtivo”, afirmou.