A 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu antecipar em uma semana a análise da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o chamado núcleo 2 de acusados de tentativa de golpe. O julgamento, que estava originalmente previsto para os dias 29 e 30 deste mês, ocorrerá agora entre os dias 22 e 23 de abril. Segundo informações obtidas pela revista Oeste, a mudança foi resultado de um consenso entre ministros e advogados.
Nesta fase do processo, o STF irá apenas decidir se os denunciados serão formalmente acusados e se tornarão réus. Recentemente, o tribunal tomou decisão semelhante ao tornar o ex-presidente Jair Bolsonaro réu.
Entre os acusados que serão julgados estão:
Fernando de Sousa Oliveira, delegado da Polícia Federal (PF);
Filipe Martins, ex-assessor para Assuntos Internacionais da Presidência da República;
Marcelo Costa Câmara, coronel da reserva do Exército e ex-assessor da Presidência da República;
Marília Ferreira de Alencar, delegada da PF;
Mário Fernandes, general da reserva do Exército;
Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal.
STF aceita denúncia contra Bolsonaro por “golpe”
Ao decidir tornar o ex-presidente Jair Bolsonaro réu, o relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, fez duras críticas aos manifestantes que participaram dos atos de 8 de janeiro. O ministro lamentou a forma como parte da população, em boa-fé, foi enganada por narrativas fraudulentas, impulsionadas por milícias digitais. Moraes comparou os enganos disseminados nas redes sociais a uma falsa representação de um ato de protesto pacífico.
“Temos a tendência infelizmente de ir esquecendo. E as pessoas de boa-fé que têm esse viés de positividade acabam sendo enganadas pelas pessoas de má-fé que, com notícias fraudulentas e com milícias digitais, am a querer criar uma narrativa de pessoas de boa índole, como velhinhas com a Bíblia na mão, ou pessoas eando com batom na boca e apenas indo ‘dar um eio’”, declarou o ministro.
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