Nessa quarta-feira (30), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou o o integral da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro ao material reunido pela Polícia Federal (PF) durante a apuração sobre a suposta tentativa de golpe em 2022. O ministro já havia afirmado que todas as provas tinham sido franqueadas às defesas. Contudo, a decisão revela que havia conteúdos sigilosos, corroborando o que os advogados de defesa sustentaram ao longo do processo.
Alexandre de Moraes deu um prazo de cinco dias para que o órgão federal indique o melhor meio de disponibilizar todas as provas, incluindo celulares, mídias, documentos físicos, dados de nuvem e registros de entrada no Palácio da Alvorada. O ministro estabeleceu ainda que conteúdos de cunho íntimo ou pessoal dos investigados devem continuar sob sigilo, assim, a PF deverá comunicar o juízo a respeito de documentos ou arquivos com esse perfil e aguardar pedidos específicos das defesas.
A defesa de Bolsonaro apresentou a petição na terça-feira (29), último dia do prazo. Além do o ao conjunto probatório, os advogados do ex-presidente solicitaram autorização para acompanhar todas as audiências dos demais processos ligados ao mesmo inquérito. Contudo, Moraes informou que vai analisar a solicitação.
O relator do caso também homologou a lista de testemunhas apresentadas pela defesa do ex-presidente, que incluem 15 nomes, entre eles o do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), além de ex-comandantes das Forças Armadas e parlamentares aliados de Bolsonaro. Os depoimentos serão colhidos ao longo da fase de instrução.
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