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Venda de sentenças: PF deflagra operação contra corrupção em gabinetes do STJ

Onze mandados de busca e apreensão foram cumpridos, além do bloqueio de R$ 20 milhões em bens.

A Polícia Federal (PF) iniciou nesta terça-feira (13) a quinta fase da Operação Sisamnes, que investiga um esquema de lavagem de dinheiro vinculado à suposta venda de decisões judiciais no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Onze mandados de busca e da apreensão foram cumpridos, além do bloqueio de R$ 20 milhões em bens dos investigados e a apreensão de aportes.

A ação foi autorizada pelo ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), que é relator do caso. Segundo a PF, o esquema criminoso envolvia uma rede financeira-empresarial criada para ocultar o pagamento de propinas a servidores públicos em troca de decisões favoráveis no STJ.

Foto: Divulgação/ AscomSTJ
STJ

A investigação apura crimes como corrupção ativa e iva, lavagem de dinheiro, câmbio clandestino e organização criminosa. O nome da operação faz referência ao juiz Sisamnes, figura da mitologia persa que foi punido por aceitar suborno para proferir sentenças injustas.

Na primeira fase da operação, em 2023, foi preso o lobista Andreson Gonçalves, conhecido como "lobista dos tribunais", e realizadas buscas em endereços ligados a assessores de ministros do STJ. Os servidores envolvidos foram afastados e respondem a processos istrativos. O tribunal afirmou que nenhum de seus ministros tinha conhecimento das irregularidades.

A investigação também aponta a participação de advogados, empresários, assessores e magistrados de cortes estaduais. Em fases anteriores, a PF já havia bloqueado imóveis suspeitos de terem sido adquiridos com recursos ilícitos.

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