Caroline Vitorino
A Polícia Civil do Rio de Janeiro realizou, nesta terça-feira (3), uma operação contra Vivi Noronha, esposa do funkeiro MC Poze do Rodo, por suspeita de envolvimento em um esquema de lavagem de dinheiro ligado ao traficante Fhillip da Silva Gregório, conhecido como “Professor”, morto no último domingo.
Segundo a investigação, Vivi teria recebido depósitos em contas pessoais e empresariais de pessoas apontadas como laranjas do líder do Comando Vermelho. A ação foi coordenada pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) e cumpriu mandado na residência do casal, na zona oeste da capital fluminense.
MC Poze foi preso na semana ada por apologia ao crime e suspeita de envolvimento com o Comando Vermelho, sob a alegação de que seus shows estariam sendo utilizados para a venda de drogas em comunidades dominadas pela facção.
Na noite de segunda-feira (2), o desembargador Peterson Barroso Simão, da Segunda Câmara Criminal do TJ-RJ, concedeu liberdade provisória ao cantor. O magistrado considerou desproporcional a manutenção da prisão preventiva diante do andamento das investigações e determinou medidas cautelares.
Poze está proibido de manter contato com integrantes da facção, deve comparecer mensalmente à Justiça, está impedido de deixar a Comarca sem autorização e deve entregar o aporte em até cinco dias.
Na decisão, o desembargador apontou que não há provas, até o momento, de posse de armas, drogas ou outros materiais ilícitos por parte do artista. Ele também criticou a forma como a prisão foi conduzida, citando uso excessivo de algemas e exposição midiática do funkeiro, aspectos que deverão ser apurados.
Simão reforçou ainda a necessidade de foco das investigações nos líderes das facções e lembrou que MC Poze já foi absolvido em processos anteriores com acusações semelhantes.
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