O juiz Leonardo Lucio Freire Trigueiro, da Vara de Delitos de Tráfico de Drogas do Tribunal de Justiça do Piauí, aceitou denúncia do Ministério Público do Piauí contra Susan Marielly do Rego Modesto, conhecida como “Susan Barbie”, e mais 10 pessoas pelos crimes de tráfico de drogas e associação para o tráfico. Além disso, foi apontado que todos os réus possuem relação com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).
A denúncia do Ministério Público, recebida pelo magistrado no dia 07 de março, foi elaborada pela promotora Ana Cecília Rosário Ribeiro, titular da 55ª Promotoria de Justiça de Teresina. A investigação, conduzida pelo Departamento Estadual de Repressão ao Narcotráfico (DENARC), indicou a participação dos acusados em uma rede de tráfico de drogas ligada ao PCC na capital piauiense.

Além de Susan Marielly, também se tornaram réus na Justiça: Filipe dos Santos Rêgo, Francisco Bruno Silva Lima, Francisco César de Sousa Brasil, Gabriel Xavier Sousa dos Santos, João Victor de Castro Silva, Kelvim Alessandro de Andrade Costa, Niedson Meyzon Moreira Soares Barbosa, Pedro Victor Guimarães Oliveira da Silva, Vhyrna Maria Oliveira dos Santos e Vitor Manoel Ribeiro da Silva.
Conversas extraídas do celular de Susan Marielly revelaram trocas de mensagens por meio do WhatsApp com conteúdo relacionado à venda de drogas e associação com integrantes do PCC. As mensagens incluíam fotos de armas e entorpecentes, além de registros que reforçam a relação entre os réus e a facção.
A operação policial que deu origem a investigação foi realizada em junho de 2024, nos bairros Mocambinho e Vila São José, na zona norte de Teresina. No endereço de Vhyrna Maria, foram localizados entorpecentes, dinheiro trocado, balança de precisão e uma maquineta de cartão, além de munição deflagrada e uma motocicleta. Niedson foi encontrado em outro quarto da mesma residência, com materiais semelhantes, sendo os dois autuados em flagrante. Gabriel, companheiro de Vhyrna, conseguiu fugir durante a abordagem.
Os investigadores concluíram que os réus operavam de forma organizada, com funções específicas na rede de tráfico, incluindo armazenamento, distribuição e vendas. O relatório técnico de extração de dados mostrou que, em alguns momentos, o celular de Susan era utilizado por seu companheiro, Vitor Manoel Ribeiro da Silva, para intermediar vendas de drogas.
As trocas de mensagens analisadas demonstraram o vínculo constante entre os denunciados e sua participação direta nas atividades do tráfico, evidenciando ainda o elo com o PCC.
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