O delegado Danúbio Dias, do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), revelou que o assassinato de Antônio Carlos Pereira dos Santos, ocorrido em um restaurante na zona sul de Teresina no final do ano ado, foi motivado por uma briga de trânsito. O acusado de praticar o crime, Rangel Franklin da Silva, está preso.
Em entrevista à imprensa nesta quarta-feira (7), o delegado descartou a versão de que a morte tenha ocorrido em um contexto de disputa entre facções, embora, segundo ele, o acusado pertença a uma organização criminosa.

“Havia a informação de possível envolvimento de organização criminosa, mas essa informação não se sustentou, não há nos autos nenhum elemento que confirme. A confissão dele foi detalhada, e, ao que parece, o crime foi cometido de ímpeto, já que ele estava com a criança e a companheira, então não há realmente nenhum indício que nos leve a concluir que se trata de organização criminosa, apesar de ele ser membro de organização criminosa”, declarou a autoridade policial.

Ainda conforme o delegado Danúbio Dias, a suspeita de disputa de facções ganhou força também pela vida pregressa da vítima, que respondia por um crime de homicídio. “Desde o primeiro momento foi veiculada a informação de que a vítima tinha discutido no trânsito. Nunca houve, por parte das informações preliminares de quem foi ouvido no local do crime, essa outra informação. Essa outra informação foi veiculada depois em razão do ado da vítima, que já respondia por homicídio, e se ventilou essa possibilidade, que não se sustentou”, completou.
Dinâmica do crime
O delegado do DHPP explicou toda a dinâmica do crime, ocorrido em 6 de dezembro do ano ado. “As imagens [de câmeras de segurança] mostram de forma clara que a vítima parou a moto no local e rapidamente desceu e, e o assassino, na companhia de uma mulher e uma criança, seguiu logo atrás. A vítima tenta correr na direção do interior do estabelecimento e esse indivíduo, o Rangel, desce da moto rapidamente e atira duas vezes contra a vítima, a moto cai, ele levanta a moto e sai”, detalhou.
Rangel Franklin já se encontrava recluso no Presídio Regional de Timon desde o dia 16 de abril, em razão de uma prisão em flagrante por tráfico de drogas. Ele chegou a ser preso dias depois do assassinato, após ser parado em uma blitz, sendo colocado em liberdade com tornozeleira eletrônica, mas rompeu o aparelho e fugiu.
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