O Governo Lula decidiu usar a prisão de um dos chefões do PCC para tentar conseguir apoio à PEC da Segurança Pública, que tramita atualmente na Câmara dos Deputados, isso porque se tornou pauta recorrente a utilização da operação que resultou na prisão de Marcos Roberto de Almeida, o “Tuta” para defender o projeto. O traficante foi capturado na sexta-feira (16).
Segundo a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, “ações como esta serão fortalecidas com a PEC da Segurança Pública apresentada pelo presidente Lula e ministro Lewandowski ao Congresso”. O chefão do PCC foi preso na Bolívia em uma operação conjunta da Polícia Federal (PF), da boliviana Fuerza Especial de Lucha Contra el Crimen (FELCC) e da Interpol.
Jorge Messias, chefe da Advocacia-Geral da União, também usou o episódio para defender a PEC da Segurança. “Com a aprovação da PEC da Segurança Pública, teremos ainda mais integração de dados e uma coordenação mais eficaz. É preciso dar paz e tranquilidade aos cidadãos e cidadãs em nosso país!”, disse o ministro à coluna de Igor Gadelha, do portal de notícias Metrópoles.
A PEC da Segurança foi enviada pelo governo ao Congresso Nacional em 24 de abril. Desde então, a proposta tramita a os lentos na Câmara, onde está parada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). A emenda enfrenta resistência da chamada bancada da bala e de alguns governadores, que temem perder controle sobre órgãos de segurança estaduais após a integração com instituições federais.
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