O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a afirmar publicamente que pretende disputar a Presidência da República em 2026, apesar de estar atualmente inelegível. “Não é estratégia política. Eu vou até o último segundo!”, declarou em entrevista ao portal UOL, na manhã desta quarta-feira (14).
Durante a conversa, Bolsonaro foi questionado se adotaria uma estratégia semelhante à de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que registrou candidatura em 2018 mesmo estando preso. Ao responder, ele reforçou a diferença entre sua situação jurídica e a do atual presidente. “Lula foi condenado em três instâncias por corrupção, lavagem de dinheiro. Não tem nada a ver meu caso com o dele”, afirmou.

A inelegibilidade de Bolsonaro foi motivada por sua conduta em eventos como a reunião com embaixadores, na qual atacou o sistema de urnas eletrônicas, e pelo discurso no ato de 7 de setembro de 2022. Mesmo assim, o ex-presidente demonstrou confiança em uma possível reversão da decisão. “Eu tenho esperanças de reverter tudo isso”, disse, referindo-se também à ação penal que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF). Contudo, itiu que uma eventual condenação mais severa colocaria fim à sua trajetória política: “Se eu for condenado, acabou”.
Estratégia para 2026: fortalecimento no Senado
Bolsonaro também revelou seu foco em ampliar a presença da direita no Senado nas eleições de 2026, quando 54 das 81 cadeiras estarão em disputa. Segundo ele, a meta é “equilibrar o jogo”, e não necessariamente pautar discussões sobre o impeachment de ministros do STF, embora o tema já tenha sido levantado em outras declarações.
“O meu trabalho pró-bancada forte no Senado é para equilibrar o jogo”, enfatizou. Até o momento, Bolsonaro já citou possíveis candidatos ao Senado por pelo menos dez estados do país, indicando que a articulação política para 2026 está em pleno andamento.
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